
Nem sempre os números querem dizer tudo, mas quem rejeita sempre a “verdade estatística” do futebol também pode estar a remar contra a maré. Quando as conclusões são esmagadoras não há muito a fazer: é acreditar que, nesses casos, a matemática explica uma parte do que se passa no relvado.
A forma como Nani contagia positivamente a equipa do Sporting é uma daquelas coisas que se percebe ao primeiro olhar. Ainda assim, é preciso fazer as contas para se entender com rigor até onde vai o nível de influência que o jogador exerce no rendimento coletivo.
Os números que Record apresentou, de forma detalhada, não deixam margem para dúvidas: é ele o farol da equipa, com impacto direto em mais de metade dos golos marcados esta temporada. O registo só está ao alcance de um daqueles génios capazes de fazer coisas que os outros apenas conseguem imaginar. A pergunta que se impõe, portanto, é esta: que Sporting sem este incrível Nani?
A resposta só chegará no dia em que o craque não estiver em campo. O que se sabe, para já, é que Marco Silva tem sabido aproveitar de forma magistral o brinde que chegou de Manchester. Porque não basta ter um galáctico no plantel – é preciso ter uma ideia válida, um plano, uma solução. E o melhor a fazer, perante oportunidades destas, é transformar a principal referência no ponto de partida para quase tudo, sem no entanto anular nenhuma das virtudes que já lá estavam.
À 8.ª jornada (quase um quarto do campeonato realizado) o resultado do inquérito promovido por Record parece suficientemente claro: com Nani a este nível, tudo é possível no horizonte do Sporting. E quando se diz tudo, é mesmo tudo.
lampiaõ