O futebol de formação do Sporting Clube de Portugal já deu ao mundo do futebol nomes como Paulo Futre, Luís Figo e Cristiano Ronaldo, estes últimos considerados o Melhor Jogador do Mundo Fifa 2001 e 2008, respetivamente.

Este ano, a Academia do Sporting foi considerada a quinta melhor da Europa pelo Centro Internacional de Estudos Desportivos, sediado na Suíça, sendo considerada a melhor escola de formação europeia, o Ajax de Amesterdão.

Para além dos nomes referidos, foi na formação do Sporting que se fizeram jogadores como Rui Patrício, Miguel Veloso, Nani, Daniel Carriço, Adrien Silva, Cédric Soares, entre outros que começam agora a despontar, tais como Bruma, Eric Dier, Tiago Ilori, Zézinho, João Mário, Nuno Reis ou Ricardo Esgaio.

O que é certo é que, neste momento, a realizar a pré-época 2013/2014 com o plantel principal do Sporting, estão 12 jogadores provenientes da “cantera”, dos quais 11 são portugueses. A aposta na formação é o garante da sustentabilidade do clube, tendo tantos jogadores de qualidade a serem formados na Academia. Mas a importância da formação é transversal ao futebol português e é da maior importância a existência das equipas “B”, que permitem dar aos jovens que saem dos juniores experiência competitiva na Liga de Honra e, assim também, salvaguardar o futuro e a renovação da Seleção Portuguesa de Futebol.

A Academia do Sporting tem um valor reconhecido e forma talentos de enorme valor. Talentos esses que já deram tantas alegrias ao futebol leonino e ao futebol português. Somos brilhantes a formar jogadores, mas penso que a mística do Sporting não tem sido transmitida aos jovens da melhor forma. É importante que estes jovens sintam a camisola que vestem e defendam as cores do clube acima de tudo.

Por outro lado, o Sporting vende ao desbarato jovens formados na Academia para depois ir contratar jogadores a outros clubes, por vezes até estrangeiros, e de qualidade duvidosa. Por isso, cabe ao Sporting e aos jogadores que forma, encontrar um ponto de equilíbrio. Cabe também ao Sporting saber rentabilizar os ativos que saem da formação, fazendo os jovens sentir o clube e não vender ao desbarato. Os jovens jogadores formados no Sporting têm de perceber que, por vezes, é melhor ficar mais tempo e consolidar o processo de formação e posteriormente dar o salto para um grande clube europeu (dando também rentabilidade ao clube), do que sair prematuramente sem ter o seu processo de formação consolidado, o que por vezes prejudica a carreira destes jovens talentos, que não chegam a atingir o patamar adequado ao potencial que têm.

É essencial que os jovens sintam as cores e o símbolo do leão. E é essencial que o clube dê as condições a estes jovens para crescerem e se fazerem homens e jogadores no Sporting Clube de Portugal!

Força Sporting!