
Que inauditas notícias correm céleres, fruto do desenvolvimento tecnológico, a ponto de a variadíssimos quilómetros de distância do continente, mesmo sem o recurso à televisão, ter tido conhecimento delas, não constitui para os vulgares mortais, incluindo os indefetíveis adeptos de qualquer clube, substancial surpresa.
Quando o intérprete principal da mesma, fruto de paixões e ódios arrebatadores, suspira considerações tão atuais quanto despropositadas, numa área que tão bem domina, há que ponderar meia dúzia de linhas.
Efetivamente, quem recebe no seu lar árbitros dias antes de apitarem partidas da sua equipa, zela pela classe, cuida do prestígio e da honra do futebol português, e dos seus juízes.
Sei que já lá vão uns anos, e que com tantos processos telefónicos engavetados por insuficiência de provas, as correrias dos jogadores e as peitadas aos árbitros, lembram-me José Pratas, de Évora, de Carlos Valente, de Setúbal, em perfeito desespero para suster os ímpetos de fúria do jogadores do Futebol Clube do Porto. Só revelavam carinho e afeição pelos homens do apito, por certo.
Quando acusa terceiros de desconhecerem o meio, sabe do que fala. Não duvido uma vírgula. Até gostava que um dia esclarecesse por quê é que Jorge Coroado e Vítor Pereira, dois insuspeitos internacionais portugueses, tão poucos jogos dirigiram no Estádio das Antas. Eu até sei qual é a resposta. Não era o próprio que os nomeava. Pois.
É este linguajar de conveniência momentânea que desonra qualquer conquista do futebol português.
Quanto ao braço-de-ferro imposto pelos árbitros assalariados – e de que maneira – ao Sporting, demonstrou-se, inequivocamente, a cobardia do ato. Durante anos sem fim foram vilipendiados, ofendidos, acusados das mais diversas afrontas, atingidos na sua honorabilidade como se fossem joguetes dos interesses inconfessáveis dos que perdiam ou se sentiam vítimas, incapazes de manobrar o “sistema”.
Para compor o ramalhete, um humilde juiz de Aveiro assumiu o encargo, sem aprestos em centros de estágios, preparadores físicos, psicólogos, carrinho à porta com motorista e subsídios muito acima dos seus ordenados na sua vida profissional, e concluiu a função sem casos.
Depois das declarações de Bruno Ribeiro, técnico do Vitória de Setúbal, indignando-se com “coisas estranhas”, depreende-se que seja a vez de os sadinos ficarem à procura de árbitro nas bancadas do Bonfim, na próxima jornada.
A classe atingiu-se nos pés alvejando um outsider que nada ganha há muito. Se a medida fosse assumida contra todos os clubes envolvidos, como forma de impor respeito, juntar-me-ia inequivocamente na luta. Assim foram pequenitos, humilhados por um igualzinho, com um dos granditos a rir à gargalhada, por causa de uma birrita.
Têm toda a razãoEsta palhaçada dos arbitros é inadmissível e só vai parar quando os jogos forem arbitrados electronicamenteenquanto isso não acontece temos Os donos do Futebol que
mandam e desmandam nos resultados dos jogos, prejudicando sempre em primeiro Lugar o Sporting que não querem ver crescer, e os clubes mais pequenos
O Clube que tem sido mais favorecido pelos árbitros ( e que até conseguiu ficar ilibado no Apito Dourado),
teve o desplante de se queixar ontem da arbitragem do jogo com o Barça (senão até tinham ganho o jogo).claro que não jogaram em Portugalcaso contrário, até eram capaz de o ter ganho
à custa do que já sabemosembora tenham jogado muito bem, mas também o Barça fez dos mais pálidos jogos que eu já vi (se compararmos com o que jogaram contra o Real Madrid).