O Sporting parte para o dérbi no Restelo em busca do 22.º jogo consecutivo a marcar. A atual sequência de 21 encontros a fazer pelo menos um golo é já a mais longa dos leões desde 1969/70 (23 partidas), ou seja, há 45 anos, e uma das 10 maiores do clube de Alvalade (a 9.ª, a par de 1941/42) desde a criação do campeonato em 1934/35, isto é, há 80 anos.
Se prolongar esta série para 22 jogos, a equipa iguala dois registos conseguidos em 1954/55 e em 1957/58, ambos contemporâneos de parte da mítica orquestra dos Cinco Violinos. Um dado que, por si só, é bem revelador da dimensão de uma proeza que já conquistou um lugar na história do Sporting – e que, a partir de agora, será tão mais destacada quanto mais longe os leões conseguirem levar o esforço, iniciado a 5 de novembro, com um 4-2 aos alemães do Schalke, depois da folha em branco em Guimarães (0-3).

Entre esse momento e o golo de Jefferson ao Benfica passaram-se 21 jogos seguidos a faturar, com Marco Silva a ultrapassar, mais recentemente, os feitos obtidos por Mário Lino em 1973/74 (20 jogos) e por Paulo Bento em 2005/06 (19). O máximo de sempre do Sporting está ainda a uma distância considerável (31 desafios) e equivale nalguns casos ao pleno de compromissos de uma época (1934/35, 1935/36, 1936/37, 1937/38 e 1940/41).
Detalhes
No intervalo entre a vitória sobre o Schalke 04 e o empate com o Benfica, os leões acumularam nada menos do que 48 golos, a uma média superior a dois por embate (2,28), com 19 jogadores a contribuírem para a (meia)maratona de 21 jogos seguidos a finalizar. Montero foi o artilheiro de serviço do trimestre, com 8 golos, seguido por Slimani (5) e João Mário, Tanaka (4) ou Carlos Mané (4), os principais protagonistas desta fase. Para se ter uma noção, a série mais longa a marcar com Leonardo Jardim foi de 15 encontros. Em 2014/15, os melhores períodos de Benfica (9) e FC Porto (13) também ficam aquém do presente balanço verde e branco.
A análise detalhada destes 21 jogos mostra que o Sporting fez a esmagadora maioria dos seus golos nas segundas partes (34, contra 14 nas primeiras metades).
União