
O Sporting assumiu cedo o controlo da partida e foi tentando praticar um futebol apoiado, com dinâmica e intensidade. Os primeiros minutos deixaram claro, desde logo, que não ia ser tarefa fácil para a equipa de Marco Silva diante de um Rio Ave que, apesar das limitações no setor defensivo, apresentou uma boa organização.
Na luta no miolo do terreno, André Martins, João Mário e William Carvalho não tinham tarefa fácil diante de um Rio Ave que tinha em Tarantini e Diego Lopes as suas unidades fundamentais para transportar a bola até ao último terço do terreno, onde estavam Ukra e Yonathan Del Valle – sempre bem abertos nos flancos- no apoio direto a Hassan, hoje a referência de área dos vilacondenses.
Marco Silva pedia aos seus laterais (Cédric e Jefferson) para atacarem muito, com os extremos (Carrillo e Nani) a fugirem para o centro na tentativa de baralhar as marcações do Rio Ave. Mas a saída com bola dos leões não estava a funcionar da melhor forma e o bloco vilacondense facilmente ia anulando as investidas dos homens de Alvalade que, preferencialmente, procuravam o seu corredor direito para canalizar jogo.
Se os primeiros minutos foram equilibrados, de posse de bola repartida, com intensidade e qualidade, a partida foi perdendo ritmo com o avançar dos minutos, assistindo-se a um jogo lento e que só teve emoção quando Jefferson negou um golo “cantado” a Tarantini, médio do Rio Ave que, em cima da linha de golo, já se preparava para encostar para o fundo das redes após cruzamento/remate de Hassan.
Desde aí, o futebol dentro das quatro linhas aqueceu (e de que maneira) a fria noite na capital. Fredy Montero entrou na área, Prince agarrou na camisola do colombiano e o árbitro, Nuno Almeida, assinalou uma grande penalidade que motivou muitos protestos por parte dos jogadores e responsáveis do Rio Ave. Alheio a isso, Nani foi chamado a bater e abriu o ativo, aos 30 minutos.
Mas a equipa nortenha não se deixou abater e, com um futebol a toda a largura do campo, chegou ao empate por Yonathan Del Valle, aos 39 minutos. Contra-ataque rápido dos vilacondenses, Ukra isolou Del Valle que, sem Cédric na marcação (ficou perdido no ataque), saiu rapidíssimo, passou por Rui Patrício e atirou para o fundo das redes leoninas. 1×1 e partida relançada em Alvalade.
Ao intervalo, um empate justo entre um Sporting com pouca mobilidade, que demorava a construir e que dava muito espaço no meio-campo quando o Rio Ave partia para o contra-ataque.
Muita emoção e golos
Para o segundo tempo, Carlos Mané foi a jogo, ficando no lado direito do ataque, por troca com Carrillo que ficou nos balneários. O Sporting precisava de um João Mário a pegar mais no jogo e com mais ritmo. E foi isso que se viu, não sendo de admirar que várias situações de perigo tivessem aparecido junto às redes de Cássio. O Sporting foi colecionando oportunidades de golo até que Montero, aos 59′, fez o 2×1. O colombiano só teve de encostar para o fundo das redes após cruzamento na esquerda num lance em que os vilacondenses ficaram a protestar de um toque de Montero no adversário, toque esse que parece mesmo ter existido, isto a levar em conta as imagens televisivas.
Com o avançar dos minutos, crescia a emoção em Alvalade e o Sporting chegava ao 3×1 por João Mário, aos 67′. O médio português marcou de cabeça após cruzamento na esquerda. A jogada começou num toque magistral de Ryan Gauld (tinha entrado para o lugar de André Martins). Loucura em Alvalade com os adeptos do Sporting em festa, festa que durou apenas um minuto, pois Hassan reduziu, aos 68′, com um pontapé forte que não deu hipóteses a Rui Patrício.
O Rio Ave ainda sonhou com o empate mas Tanaka, o homem do momento em Alvalade, voltou a fazer o gosto ao pé pelo terceiro jogo consecutivo. Com um toque de artístico, o nipónico tirou um adversário da frente e fez o golo, depois de um trabalho de William Carvalho junto à linha final.