
O tema principal e mais abordado ao longo desta semana tem sido, sem sombra de dúvidas, as coincidências e suspeitas levantadas em torno da Taça Lucílio, perdão, Taça da Liga.
No calendário verde e branco constava uma deslocação a Penafiel, enquanto que por outro lado os Andrades jogariam em casa frente ao Marítimo. No conjunto dos dois jogos, e acontecendo resultados iguais para ambos, teríamos sempre de marcar mais um golo do que os azuis e brancos, sendo este o ponto de partida para esta 3ª e última jornada da fase de grupos.
E eis que começam os jogos, ou melhor, o nosso jogo. Mal jogado, com uma má entrada em campo, a jogar a passo e com pouco ritmo. De quando em vez lá surgia uma tentativa de fazer algo contra a corrente que o jogo estava a tomar, mas de repente.. golos. Não um mas sim dois. Marcava o Penafiel e o Porto, e desta forma já nos encontrávamos em situação de desvantagem dupla.
Fomos acordando aos poucos e do outro lado as notícias que surgiam eram boas pois o Marítimo conseguia dar a volta ao marcador e encontrava-se a ganhar no Dragão. Porém, e ainda assim, continuávamos em desvantagem. É então quando, e na melhor altura possível, surge o nosso golo do empate, mesmo antes do término dos primeiros 45m (em Penafiel apenas).
Regressados para a segunda parte, início do jogo e mais um ligeiro atraso no outro campo passando agora o tempo total para praticamente 5m de atraso.
Uma segunda parte completamente diferente, com dois golos a virarem por completo o jogo para 1-3 a nosso favor, e mais oportunidades desperdiçadas (lembro principalmente a de Montero, após bom trabalho do mesmo, e também uma segunda grande penalidade que ficou por assinalar quando um jogador do Penafiel corta uma bola com o braço após um canto).
O jogo foi-se desenrolando, e quando atingimos os nossos 90m (fora os descontos) eis que os Andrades empatam frente ao Marítimo, e graças ao seu “inocente” atraso contariam ainda com mais 5m (fora os descontos) para jogar.
Por outro lado, em Penafiel termina o jogo com uma vitória Leonina sem contestação por 1-3. Com este nosso resultado confirmado e a confirmar-se o empate no Dragão ficaríamos apurados para as meias finais.
E é aqui que entra a questão principal no meio de tudo isto: mas afinal quem não estaria já à espera que algo de estranho se fosse passar?
Disse-o quando ainda o jogo do Sporting contava com uns 7 ou 8 minutos (menos 2 e picos no Dragão), “Estes palhaços começaram com atraso? Não sei porquê mas cheira-me que nos descontos vai haver polémica”. Ora bem dito e bem feito. E aposto que tal como eu, muitos Sportinguistas comentaram o mesmo ainda com os jogos bem no seu início e com um resultado de 0-0 em ambos.
Surpresas? Não tive. Queria logicamente a qualificação, mas algo já me dizia à muito que a mesma não me iria ser permitida por obra de terceiros.
Não considero inocente o 4º golo dos azuis frente ao Penafiel na 2ª jornada. E não considero, tão pouco, inocente o atraso quer na primeira quer na segunda parte do seu jogo frente ao Marítimo na derradeira jornada. É inadmissível como em Portugal tal situação acontece em jogos decisivos e a banalidade com que a mesma é permitida.
Se o penalty existe? Lógico que não, mas a falta sim (fora da área), e a mesma até poderia dar em golo, ninguém o sabe e nesta altura até provavelmente não se estaria a falar dos atrasos nem haveria polémica. Mas lá está, a polémica não existiria se as regras fossem cumpridas (e torno aqui a referir a outra grande penalidade a favor do SCP que não foi assinalada e quiçá com a mesma até pudéssemos ter passado apesar da vitória azul e branca).
Para terminar, não vejo esta eliminação como o fim do Mundo, tanto que a Taça Lucílio é uma competição que (apesar de a querer ganhar assim como quero todas as outras em que vejo o meu SCP envolvido) não me desperta grande interesse, mas apesar disso, e agora mais do que nunca, iria ficar radiante se acontecesse eliminação da equipa do Norte por desrespeito dos regulamentos e das regras da mesma.
Bem sei que até podia não adiantar de grande coisa para nós e até mesmo virmos a ser eliminados pelos de Carnide nas meias finais (ou não!), mas ao menos sentiria dentro de mim que o reino da corrupção não teria levado a melhor e não se teria ficado a rir à nossa custa com tamanho descaramento e cara de pau no que toca à manipulação do futebol em Portugal.
P.S.1: de referir que também no jogo do Carnide as regras foram atropeladas. Segundo as mesmas, em impossibilidade do jogo ser realizado no campo do clube em causa, o mesmo teria de ser realizado no campo do adversário. Pois bem, o campo do adversário seria o reduto do Gil Vicente e não o Estádio do Restelo. Mas isto se calhar sou eu que já não sei onde fica o quê.
P.S.2: saliento ainda que este senhor que arbitrou o jogo dos Andrades, de nome Manuel Mota, é o tal que frente ao Nacional em Alvalade conseguiu invalidar um golo limpo a Slimani. Agora pensem.